Tuesday, December 15, 2015

Poesia avulsa

INSÓNIA


Nem sequer uma mão morta
vem bater à minha porta

(Alexandre O'Neill)



Gelo fino à minha porta,
uma noite sem dormir:
nem sequer uma mão morta
para as janelas abrir...

Porque dentro do meu quarto
a tempestade do sonho
são palavras que reparto
e que esqueço quando ponho

numa forma de poema
no forno pela manhã,
sem que sequer a mão trema
de fúria ou febre terçã.

Esqueci o que ia dizer.
Bom, o dia vai nascer.






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